O bem perdido, míseros, chorando
Em Babilónia sobre os rios, quando
De ti, Sião sagrada, nos lembramos,
Ali com grã saudade nos sentamos,
O bem perdido, míseros, chorando.
Os instrumentos músicos deixando,
Nos estranhos salgueiros penduramos,
Quando aos cantares, que já em ti cantámos,
Nos estavam imigos incitando.
Às esquadras, dizemos, inimigas:
- Como hemos de cantar em terra alheia
As cantigas de Deus, sacras cantigas?
Se a lembrança eu perder que me recreia
Cá nessas penosíssimas fadigas,
Oblivioni detur dextra mea!
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