Cá nesta Babilónia, donde emana
Cá nesta Babilónia, donde emana,
Matéria a quanto mal o mundo cria.
Cá, onde o puro amor não tem valia,
Que a Mãe, que manda mais, tudo profana;
Cá, onde o mal se afina e o bem se dana,
E pode mais que a honra, a tirania;
Cá, onde a errada e cega Monarquia
Cuida que nome vão, a Deus engana;
Cá neste labirinto, onde a Nobreza,
Com esforço e saber pedindo vão,
Às portas da cobiça e da vileza.
Cá neste escuro caos de confusão,
Cumprindo o curso estou da Natureza.
Vê se me esquecerei de ti, então! |


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