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Ó Tu, que tens no seio a eternidade
Ó Tu, que tens no seio a eternidade
E em cujo resplendor o Sol se acende;
Grande, imutável Ser, de quem depende
A harmonia da etérea imensidade;
Amigo e benfeitor da humanidade,
Da mesma que Te nega e que Te ofende,
Manda ao meu coração que à dor se rende,
Manda o reforço da eficaz piedade!
Opressa, consternada a natureza,
Em mim com vozes lânguidas Te implora,
Órgãos do sentimento e da tristeza.
A Tua inteligência nada ignora.
Sabes bem que, de alta fé minha alma acesa,
Té nas angústias o teu braço adora. |