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Tentativa de suicídio
combatida pelas lembranças da Eternidade
Aquele a quem mil bens outorga o Fado
Deseje com razão, da vida amigo,
Nos anos igualar Nestor, o antigo,
De trezentos Invernos carregado.
Porém eu, sempre triste, eu, desgraçado,
Que só nesta caverna encontro abrigo,
Porque não busco as sombras do jazigo,
Refúgio perdurável e sagrado?
Ah, bebe o sangue meu, tosca morada;
Alma, quebra as prisões da humanidade,
Despe o vil manto que pertence ao nada!
Mas eu tremo!... Que escuto?... É a Verdade,
É ela, é ela que do Céu me brada:
Ó terrível pregão da Eternidade! |