
 |
Se me aparto de ti...
Se me
aparto de ti, Deus de bondade,
Que ausência tão cruel! Como é possível
Que me leve a um abismo tão terrível
O pendor infeliz da humanidade!
Conforta-me, Senhor, que esta saudade
Me despedaça o coração sensível;
Se a teus olhos na cruz sou desprezível,
Não olhes para a minha iniquidade!
À suave
esperança me entregaste,
E o preço de teu sangue precioso
Me afiança que não me abandonaste.
Se, justo,
castigar-me te é forçoso.
Lembra-te que te amei, e me criaste
Para habitar contigo o Céu lustroso! |