Achando-se a autora doente...
Este ser
que me deu a natureza,
Vai desorganizando a enfermidade;
Sinto apagar da vida a claridade,
Doma as corpóreas forças a fraqueza.
Vai
crescendo em minha alma a fortaleza,
Quando cresce do mal a intensidade;
As portas áureas me abre a Eternidade
E lá cessam cuidados e tristeza.
Vou amar
Quem somente é sempre amável,
Em oxigénias luzes abrasar-me,
Nunca errar nem temer gente implacável.
Vou nos
jardins celestes recrear-me
E no seio de um Deus justo, adorável,
A tudo o que me falta associar-me. |